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Jonasnuts

Jonasnuts

Formação em redes sociais

Jonasnuts, 19.03.18

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Workshop/Oficina de formação

 

Introdução à gestão profissional de redes sociais.

 

E em que é que consistirá a formação?

 

Para já, consistirá numa turma pequena. 8 pessoas é o número máximo. É um número suficientemente pequeno para que cada um possa sentir as suas necessidades específicas endereçadas. Por outro lado, é gente suficiente para que haja debate. E o debate é sempre importante.

 

Começamos às 14h00, terminamos às 18h00. Mais coisa menos coisa. A meio lanchamos. 

 

Em Lisboa, no Chiado.

 

Inclui uma introdução onde apuramos o que é uma rede social.
Passamos pelas principais redes sociais.
Pensamos de que forma é que cada entidade deve estar (ou não) em cada uma delas.
Pensamos em objectivos, estratégia, targets e, muito importante, aferição de sucesso. 
É inevitável passarmos por números, KPIs, insights.
Blogs, Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin e Youtube.
Afloramos o Pinterest e o Vero e outras que tais.
 
Para quem é esta formação?
 
É para quem quer gerir uma marca, online. Seja uma marca própria (um blog, por exemplo) seja a marca da empresa.
É para quem já assegura a gestão das redes sociais da empresa, porque tem jeito, mas sente que precisa de saber mais.
É para o sobrinho com jeito para os computadores, que criou o facebook da empresa e agora não sabe o que fazer.
 
É para a empresa que colocou a responsabilidade de comunicação nas redes sociais na mão da desgraçada da estagiária, que tem formação em gestão e não pesca nada de redes sociais. 
 
É para quem quer as bases.


Quem quiser mais informações, é usar o jonas@jonasnuts.com

Formação

Jonasnuts, 19.03.18

Este é o primeiro de dois posts.

 

O segundo vem já a seguir (auto-link).

 

Há muitos anos que dou formação. De diferentes maneiras, todas informais.

 

Dei formação quando no princípio das internets era preciso explicar o conceito, era preciso explicar às pessoas o que significava o caracol do mail, era preciso explicar o que era uma homepage e para que é que servia o Terràvista.

 

Dei formação a todos os trainees que me passaram pelas mãos, e ainda foram alguns.

 

Dei formação a muitos bloggers que chegaram até mim só com vontade de ter um blog.

 

Sempre fui boa formadora - não sou gaja de falsas modéstias - por dois motivos; porque gosto genuinamente de ajudar e porque sinto empatia com as dúvidas das pessoas. Na grande maioria dos casos, são dúvidas que já foram minhas e que já tive de esclarecer para mim, ou já foram perguntas para as quais andei à procura de respostas.

 

Já fui desafiada para dar formação sobre inúmeros temas (até sobre RGPD), mas só dou formação sobre temas que, de facto, domino e com que me sinto à vontade. Porque as minhas formações ou workshops não são estáticos, eu não chego, debito a apresentação e já está. As minhas formações têm debate, e perguntas e respostas e mãos na massa. Não se resumem à keynote (ou ao powerpoint, como quiserem). Aliás, até prefiro que saiam do sítio e que fujam e que sejam dinâmicas e que sirvam os propósitos de quem lá está. E gosto de aprender.

 

Há uns anos comecei a investir mais nesta área da formação. Organizei 3 acções de formação, que adapto conforme o cliente e tenho andado pelo país, contente e alegre a dar formação em empresas, escolas, instituições, etc...

 

Comunicação e estratégia digitais.

Prevenção, antecipação e gestão de crises no digital.

Criação e gestão de comunidades.

 

E gosto. Muito. É gratificante. Realiza-me.

 

Tenho sido desafiada a criar acções de formação, workshops, whatever dedicados a particulares. Tenho andado a adiar, a adiar, a adiar, mas há pouco tempo os astros alinharam-se, surgiu uma encomenda e vai ser já no próximo fim-de-semana (falo disso mais detalhadamente no post que se segue auto-link). Vamos ver como corre.

 

Gosto de partilhar conhecimento. Sempre gostei. Sempre o fiz, informalmente. Fazê-lo de forma estruturada e formal é só mais uma forma de partilha.

 

Mas, por mais estruturadas e formais que sejam, agora, as minhas acções de formação terão sempre, sempre, sempre, uma ponta de rasgo, de fora do sítio, de interacção, de batatada e de caos. 

 

Porque sem caos não se vai a lado nenhum.

Os especialistas

Jonasnuts, 21.02.18

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A palavra especialista sempre me encanitou, sobretudo quando usada na primeira pessoa.

A minha bio de Twitter é uma sátira a todos os que se auto-apelidam de especialistas, de gurus, de influenciadores, de trend setters e demais parafernália linguística e sinonímia. A parte do "Grafiter que usa pontuação" foi um presente inadvertido de um grande poeta português.

 

Com a desvalorização gradual dos títulos académicos (chegaram à conclusão de que qualquer imbecil faz uma licenciatura) tem havido o movimento contrário das categorias de competências(?) profissionais.

Por isso é que já não é a primeira vez que vejo anúncios a pedir especialistas para estágio. Qualquer pessoa é um especialista.

 

Por exemplo......na apresentação de resultados do primeiro ano do Atelier Digital da Google houve 35.000 indivíduos (trinta e cinco mil, por extenso, para não acharem que foi erro) que levaram para casa (e para os CVs e para o Linkedin) o diploma de "Experts em redes sociais". Só em Portugal.

 

Eu repito: Trinta. E. Cinco. Mil.

 

Trinta e cinco mil alminhas que estão, provavelmente, convencidas elas próprias de que são especialistas porque, afinal de contas, até fizeram um curso da Google que é, como se sabe, a entidade que mais sabe sobre redes sociais, já com provas dadas na matéria. E a Google diz que são especialistas. E se a Google diz, é porque é verdade.

 

E isto sem falar nos especialistas instantâneos self made. 

 

Um especialista é uma pessoa que se especializou. Para se especializar precisou de tempo. Não há especialistas instantâneos. Um curso não faz um especialista. 

Um especialista é raro. É como as divas (auto-link). 

 

Um especialista é alguém que dedicou muitas horas e muitos dias a estudar e a aprender e a fazer e a errar e de mãos na massa sobre um determinado assunto. E quando eu digo muitos, são mesmo muitos. Não é uma licenciatura. Não é um workshop. Não é uma pós-graduação cujo valor académico é o oposto do preço que custa.

 

Ou então é alguém com muita lata. Desses conheço muitos.

 

Isto há-de ser mais amplamente aprofundado em posts que tenho para aqui alinhavados sobre formação e sobre recursos humanos e sobre congressos e oradores, mas este dos especialistas estava atravessado há uns tempos. Foi hoje. 

Exemplo prático

Jonasnuts, 02.04.16

Gosto sempre de exemplificar aquilo que digo.

 

No post anterior (auto-link) falei e reforcei a importância de ler sempre aquilo que escrevemos antes de publicar. Esqueci-me de dizer que é preciso ler, com olhos de ver. 

 

Mas também falei da importância da ajuda dos grammar nazi. 

 

Uma imagem, às vezes, vale mais do que mil palavras.

 

Ivo Nunes on Twitter.jpg

 

:)

 

No início, era o Verbo

Jonasnuts, 02.04.16

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O meu post "Community Manager" (auto-link) recebeu um inesperado feedback. Fosse aqui, no Facebook, no Twitter, no Linkedin, pessoalmente, em público e em privado, fui contactada com solicitações várias. Todas interessantes e, a maioria, manter-se-á em privado.

 

Porém, alguns desses contactos surgiram de pessoas que estão agora a começar, ou que começaram há pouco tempo. E as perguntas eram as mesmas; "Como é que eu faço? Por onde é que eu começo? Como é que eu melhoro? Como é que arranjo experiência? Como é que me informo? Como é que preencho as lacunas da minha licenciatura/mestrado onde não falámos sobre estes temas do digital? Para que lado é que me viro?"

 

Decidi por isso escrever uma série de posts para essa malta que está agora a começar. Suspeito que poderão ser úteis para quem já começou e, em alguns casos, podem também revelar-se interessantes para quem já cá anda há algum tempo. É a minha visão de como a coisa deve ser feita, e são as recomendações que sempre passei a quem estagiou comigo (e se me passaram estagiários pelas mãos, nestes quase 20 anos). 

 

E aqui chegamos ao título do post. O João tinha razão. No início, é o verbo. 

 

Das muitas ferramentas de trabalho que usamos para comunicar (já que é disso que se trata), a língua em que o fazemos é a base de tudo. Centremo-nos no português, já que é em português que escrevo neste blog embora, para ser franca, o inglês seja hoje também fundamental.

 

Quando comunicamos com má ortografia, má dactilografia, erros de concordância, ou erros de construção, estamos a cometer erros básicos e estamos a prejudicar a mensagem que queremos transmitir.

 

Há diferença entre erros de dactilografia e erros de ortografia. Estatisticamente, quem lê, chateia-se mais com o erros de dactilografia (que denunciam falta de atenção) do que com erros de ortografia (que denunciam falta de conhecimento). Na dúvida, evitem ambos.

 

O domínio da língua escrita não é algo com que se nasça. É algo que vamos aprendendo e que melhora substancialmente com a prática. O estilo, o nosso estilo pessoal, é algo que evolui. Vão aos primeiros posts deste blog, leiam meia dúzia,  depois leiam alguns posts de uns anos mais tarde, e depois uns dos últimos posts. Concentrem-se na forma, não no conteúdo. Há diferenças substanciais. Houve uma evolução, ao longo dos anos, à medida que eu aprendia às minhas custas, com a mão na massa (que é a melhor maneira de aprender, para mim) o que é que funcionava e o que é que não funcionava. Neste caso em particular, o funcionar ou não funcionar não se traduz em número de visitas, links, pageviews, comentários ou engage (que são as medidas mais frequentes), traduz-se em eu gostar ou não gostar. Neste blog, é esse o meu único critério.

 

No início eu nem queria ter um blog. Obriguei-me a ter um blog porque estava a gerir a plataforma de blogs do SAPO e queria ter a mesma experiência de utilização que a comunidade que estava a gerir (isto dará outro post, mais lá para a frente). 

 

Portanto, escrever, ensina-nos a escrever. E quanto mais escrevemos, mais aprendemos. 

 

Mas escrever não é a única forma de aprender a escrever. 

 

Ler. Ler muito. Jornais, revistas, livros, blogs, bulas, folhetos, rótulos, embalagens, anúncios, press releases, comentários, convites, posts de Facebook, tweets. Não interessa. Quanto maior for a diversidade, melhor. Porque a forma como escrevemos tem de se adaptar ao meio para o qual escrevemos. Escrever um texto para um blog é diferente de escrever um texto para um press release, já para não falar da adaptação ao target.

 

Portanto, para quem quer começar, esta é a minha primeira recomendação. Dominem o verbo. 

 

Criem um blog e comecem a escrever. Nos intervalos, leiam.

 

Usem as ferramentas básicas à vossa disposição para melhorar a qualidade do vosso português. Encontram alguns links úteis na barra lateral deste blog (a minha fixação pela correcta utilização da língua não é recente).

 

Façam como eu e tornem-se bilingues dentro da vossa própria língua. Quando escrevo a título pessoal (como aqui), não uso o novo acordo ortográfico. Profissionalmente sou obrigada a fazê-lo. Tive de aprender as novas regras, por isso e porque o meu filho adolescente já só usa o novo acordo, dá jeito, para corrigir trabalhos e apresentações :)

 

Usem o corrector ortográfico sempre. Não resolve tudo. Um corrector ortográfico não distingue entre um "há" e um "à", mas ajuda noutras coisas.

 

Leiam e releiam os vossos posts antes de os publicar.

 

A sério. Leiam e releiam os vossos posts antes de os publicar. 

 

Peçam ajuda. Há uma seita na Internet que são os grammar nazis (olá, Mª João Nogueira, muito prazer), que adora chamar a atenção para os erros. Não é bem adorar, é ser mais forte que eles. Usem a seita a vosso favor e digam de caras, no blog, que correcções ao português são muito bem-vindas. Provavelmente terão mais ajuda do que aquela de que precisam. Se tudo correr bem, cada vez precisarão de menos ajuda. Mas precisarão sempre.

 

Obriguem-se a escrever. Nem sempre vos vai apetecer, nem sempre saberão sobre o quê (essa é sempre das primeiras grandes dificuldades - que raio tenho eu de interessante para dizer?), mas inventem. Forcem-se. Saibam à partida que terão sempre mais facilidade em escrever sobre temas de que gostam e sobre os quais sabem alguma coisa do que sobre temas que podem ser mais eficazes (do ponto de vista da audiência) mas acerca dos quais vocês não saibam porra nenhuma.

 

Isto já vai muito longo, TLDR nos comentários nunca é bom sinal, e já têm aqui muita sarna com que se coçarem.

 

No próximo "capítulo", a vossa marca, o nome e o endereço do blog, tipo de linguagem, periodicidade, frequência, temática e mais algumas sugestões.

 

Não sei se já disse, leiam e releiam os vossos posts antes de os publicar, que é o que eu vou fazer agora (e fiz, e alterei algumas coisas, acrescentei outras, tirei algumas e corrigi os gatos - agora - publicar).