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Jonasnuts

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Duas décadas de marcha atrás

Jonasnuts, 10.09.12

Sim, é um post sobre o corte no rendimento.

 

De repente, em meia hora, regresso ao rendimento de que usufruía em 1995. Não é para todos, regredir quase 20 anos. E é pena, se fosse para todos, era algo mais distribuído.

 

Enfim, eu tenho é de pensar em mim, e de que forma é que vou cortar na despesa (sim, porque para mim, é a única forma, cortar na despesa, não tenho forma de aumentar a minha receita, e, mesmo que tivesse, alguém haveria de arranjar forma de vir buscar essa receita adicional).

 

Com efeitos imediatos vou deixar de:

 

1 - Comer fora, a não ser em situações de necessidade extrema. (Restauração, acabaram de perder uma cliente).

2 - Entretenimento. Nada de cinema, ou teatro, ou concertos, ou livros que não sejam emprestados, ou música, ou DVDs. (Indústria do entretenimento pago, acabaram de perder uma cliente).

3 - Transportes - Voltar a fazer as contas comparativas entre carro versus transportes públicos (até há meia dúzia de meses, andar de carro era ligeiramente mais barato do que andar de transportes públicos). (Gasolineiras, garagens, oficinas, portagens, acabam de perder parte significativa da minha contribuição média)

4 - Férias - Acampar é bom. (Hotelaria, acabaram de perder uma cliente). Viajar para o estrangeiro, só mesmo nos voos mais baratinhos, e para ficar em casa de amigos.

5 - Actividades extracurriculares do puto. Plano desportivo faz-se em casa. (Ginásios e Associações desportivas, acabam de perder uma cliente).

6 - Seguro de saúde - Vou mudar para um plafond mais barato. (Seguradoras, acabam de perder parte significativa da minha contribuição média).

7 - Presentes em geral, de Natal em particular. Já comecei no ano passado. Só para os putos, e mesmo esses, só simbólicos e muito home-made.

8 - Roupa. Área onde nunca gastei muito dinheiro. Basta perder uns kilinhos, para ficar mais próxima dos tamanhos vestidos pela minha irmã, e reciclo o que ela já não usa. (Indústria das roupas, acabam de perder uma cliente).

9 - Alimentação - Refrigerantes, adeus. Água é muito bom. Mais económico e mais saudável. (Senhores dos suminhos e refrigerantes, adeus).

10 - Manter o meu carro. Na realidade, o meu carro está óptimo, e vai melhorar mais ainda, porque vou passar a andar menos com ele. Mudaria de carro nos próximos anos. Not anymore. (Indústria automóvel, excluam-me dos vosso planos para os anos mais próximos).

11 - Planos para uma casa de férias. Enfim, está tudo dito. (Indústria imobiliária, esquece que eu existo, por favor).

12 - Internet e televisão - Por vias da minha profissão, tenho poucos custos com esta área, mas todos os extras não necessários, vão com os pitos. (Telecomunicações e conteúdos, acabam de perder parte significativa da minha contribuição média).

13 - Fumar. É um processo que já está em curso, e a um ritmo razoável. (Indústrias tabaqueiras, tchau).

14 - Alimentação: mais coisas feitas em casa. Iogurtes, manteiga, doces e compotas, molho de tomate, essas coisas que compramos feitas, mas que podemos ser nós a fazer. (Indústrias Alimentares e de distribuição, vão passar a ver menos do meu dinheiro).

 

É esta a minha contribuição para o fortalecimento da economia nacional. É este o meu incentivo. E mais, não vou começar a fazer isto a partir de 2013, já comecei a fazer algumas destas coisas, outras não precisam que eu faça seja o que for, já estão feitas, basta apenas dizer "não vou fazer isto".

Se toda a gente fizer o mesmo (e mais coisas que nos ocorram entretanto), vai ter, certamente, um efeito boost na economia, e vamos sair do buraco.

4 comentários

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    Jonasnuts 10.09.2012

    Oh meu amigo..... vamos todos voltar para as cavernas, porque na realidade, ninguém precisa duma casa para sobreviver.

    Aliás.... se pensarmos bem, há imensa coisa que achamos que é essencial, mas na realidade, não é, e milhões de pessoas, no passado, viveram tão bem sem essas coisas, que nós também podemos passar sem elas.

    Regressemos todos à idade média, pois então.
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    Jose Gaspar 10.09.2012

    Como não podia deixar de ser mais um comentário aberrante. Quando me referia a antepasados, estava a pensar nos meus pais ou avós. Não era da idade da pedra. Um exercício simples: somar todas as despesas que alguma vez fizemos e para qual tinhamos pelo menos uma alternativa. Eu começo: carro vs transportes públicos. Que tal?
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    Jonasnuts 11.09.2012

    Ah.... um economista. Mas não um linguista, pelos vistos. Antepassados pode ter os dois significados, de ascendência mais ou menos directa, mas também o de pessoas que viveram há muito tempo. É suposto eu adivinhar qual é o sentido pretendido?

    Nem tudo na vida é economia. O que me faz tomar uma decisão não pode ser, em exclusivo, o critério económico.

    Não posso (nem quero) viver a duas colunas, a do deve e a do haver.

    No caso do exercício proposto, é palerma, porque há mais factores a ter em conta, como a rapidez, a comodidade, a facilidade, a poupança de tempo, entre outros.

    Por acaso, fiz as contas há pouco tempo, e até as partilhei aqui, http://jonasnuts.com/399519.html e se for ver...... mesmo se o único factor fosse o económico (e não é), não justificaria uma opção pela alternativa.
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