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Jonasnuts

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2013

Jonasnuts, 31.12.13

2013 não foi pior que 2012, que por sua vez não foi pior que 2011. O que, no meu caso, não é dizer muito, porque 2011 foi um ano muito mau. Há um ano fiz o meu pedido para 2013 (auto-link), e, não tendo sido o ano prometido, também não foi extraordinariamente mau. Conheço quem tenha tido substancialmente pior. 2013 não deixa saudades, mas, se olhar bem para trás, podia ter sido horrível, e por umas semanas, teve tudo para ser o pior ano da minha vida. Não foi.

 

Obrigada por isso.

 

Deixa ver o que nos reserva 2014.

Os filhos dos governantes

Jonasnuts, 23.12.13

Nesta época, parece que todas as estações de televisão tiveram a mesma ideia. Fazer reportagem à boca das...... chegadas dos aeroportos. A nova geração de emigrantes vem passar o Natal a casa, e a entrevista da praxe comove-me, como mãe. Não quero ser uma potencial entrevistada, daqui a meia dúzia de anos.

 

Logo de seguida, um governante qualquer, nem lhe fixei o nome, fala das vantagens que esta saída do país representa, quer para os jovens, que vão aprender, quer para o país, que fica com belíssimos embaixadores lá fora.

 

O presidente da república, o mesmo discurso, da diáspora enquanto representante dos valores portugueses, e aproveitar esta vaga que saiu (e continua a sair), para criar oportunidades lá fora.

 

Meus senhores...... a não ser que estejam disponíveis para mandar os vossos filhos e os vossos netos, calem-se. Vão mesmo puta que vos pariu. Se eu quisesse que o meu filho fosse embaixador de qualquer coisa tinha-lhe feito a cabeça para relações internacionais.

 

O desplante com que estes cabrões falam dos sacrifícios que impõem aos outros tira-me do sério.

 

Ah, e feliz Natal, e toda a restante fruta da época.

O meu fim-de-semana

Jonasnuts, 08.12.13

Gosto muito daquilo que faço. E é uma pescadinha de rabo na boca, a coisa. Gostar muito daquilo que faço ajuda-me a ser melhor naquilo que faço. E eu acho que sou boa naquilo que faço.

 

Há, no entanto, vertentes do meu trabalho que eu odeio. São raras, mas existem, e também têm de ser feitas. Ora, se gostar do que faço me torna melhor, não gostar de algumas coisas, torna-me pior nessas coisas. Isso, aliado ao meu sentido crítico, fazem com que as coisas de que eu não gosto de fazer saiam sempre uma cagada. Bem podem, de fora, dizer: "não está assim tão mau" ou "para quem é, bacalhau basta", ou "já vi pior" ou ainda "vai chegar". Eu não quero que chegue, eu quero que seja excelente. E, venha de lá o mais pintado dizer-me o contrário, eu sei que estou longe de ser excelente nesta matéria. Não gosto disto, pronto, nada a fazer.

 

Não posso dizer do que se trata, mas os meus dias, ultimamente e sobretudo este fim-de-semana, passam por sentir-me um peixe fora de água: no fundo, ando a patinar.

 

 

Espera-me uma noitada de saltos de carapau para o lodo.

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