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Jonasnuts

Jonasnuts

Por outro lado....

Jonasnuts, 29.05.11

.... a formalidade e os rodriguinhos com que algumas campanhas lidam com quem os contacta, pressupõe que devem levar com muita merdinha e muita arrogância de quem está do lado de cá da barricada.

 

Num telefonema, há pouco, a extrema delicadeza da minha interlocutora, levou-me a pensar que os Assessores (assim, de maiúscula, porque me pareceu ser uma das boas), devem ter de falar sempre com muito cuidadinho, para que os imbecis que inevitavelmente apanham do outro lado da linha, não lhes lixem a vida.

 

É assim..... há imbecis em todo o lado. 

 

O que me chateia, é que isto seria tudo muito mais fácil (para ambos os lados), se não houvessem tantos rodriguinhos, e tanto palavreado delicodoce, para se chegar à coisa final, que passa, sempre, por um sim, ou por um não.

 

Anda tudo muito susceptível, e de nervinhos à flor da pele, é o que é.

Reuniões informais

Jonasnuts, 29.05.11

Sou uma pessoa muito informal. Sou anormalmente informal, quer na minha vida pessoal, quer na minha vida profissional, que felizmente trabalho num sítio onde são permitidos estes informalismos (não confundir com bandalheira).

 

Mas, mesmo numa empresa informal, a minha informalidade é acima da média. Tão acima da média que quem passa e vê uma reunião dos Blogs do SAPO, acha melhor fotografar a coisa. Desta vez foi a Helena (que é a a Presidente do SAPO).

 

E sim, isto é mesmo uma reunião dos Blogs do SAPO.

 

 

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Assessores

Jonasnuts, 29.05.11

A Priberam diz de "Assessores":

 

assessor (ô) (latim assessor, -oris, ajudante, auxiliar) adj. s. m.

1. Que ou quem assiste ou assessora. s. m.

2. Pessoa que tem como função profissional auxiliar um cargo superior nas suas funções. = adjunto, coadjutor

3. Juiz substituto.

 

Eu tinha esta ideia, por acaso.

 

Mas, ultimamente, fruto dum maior envolvimento com várias campanhas eleitorais, gostava de propor que a palavra passasse a escrever-se acessor. E eu explico porquê. Por duas razões. Para já, resolvia uma série de erros de ortografia, derivado de (o que eu adoro o derivado de) haver por aí muito boa gente a escrever acessor, em vez de assessor. E em segundo lugar, porque acessor, que é uma palavra que não existe, parece vir de acesso. Calma, ainda não terminei. Julgar-se-ia que a minha proposta derivava (lá estou eu outra vez) do acesso, que os assessores proporcionam às pessoas que assessoram, certo? Errado. Os assessores parece que vivem para cortar o acesso. São assim uma espécie de guarda-costas intelectuais (julgam eles), que teimam em deixar vir à tona aquela costela de porteiro de discoteca da moda, em noite de sexta-feira.

 

 

Faz-me lembrar uma história que se passou comigo, uma renitente das discotecas e da figurinha que era preciso fazer para entrar. Aquela coisa de ir para a porta, com um grupo de gajas, ser simpática para o porteiro, fazer olhinhos, pedir para ele deixar entrar. Eu não sou simpática, não faço olhinhos a quem não quero, e não peço favores a desconhecidos.  Um dia, lá me convenceram, e fui para a porta da discoteca. Preparava-me para entrar, quando sinto uma mão no meu ombro. Quem era? Pois claro, o porteiro. Ele achou que estava a ser brincalhão, a impor o seu poder de forma paternal, dizendo-me "penso que não nos conhecemos", e eu, que não tinha gostado da mãozinha, retorqui "é natural, eu não me dou com porteiros".

 

Claro que fiquei à porta, mas isso agora não interessa para nada.

 

Há assessores (não todos, é verdade, há honrosas excepções) que me fazem lembrar os porteiros e, como leram se chegaram até aqui, eu não me dou com porteiros ergo, eu não me dou com assessores.

 

 

E antes de vir para aí um assessor almariado com o texto, olhe, não faça caso, inclua-se no disclaimer das honrosas excepções, que é para isso que elas ali estão.

Automatic for the people

Jonasnuts, 22.05.11

Não gosto de automatismos demasiados. Como em tudo na vida, as coisas devem ser usadas com alguma parcimónia.

 

Automatizar tudo, investir na palermice de achar que "as máquinas fazem as coisas, todas as coisas, melhor que o homem" é idiota. E, convenhamos, uma vez que não há limites para a estupidez humana, as máquinas são perdedoras à partida.

 

Não gosto de automatismos porque são impessoais. Não gosto de automatismos porque estes não são, na sua grande maioria, senão formas de automatizar as generalizações.

 

Quem é que gosta de receber um mail automático? Uma resposta automática a uma pergunta que, sendo frequente, é única, porque é nossa?

 

Não gosto de automatismos porque embrutecem. Valorizam o todo, desvalorizam a parte.

 

E são falíveis. Altamente falíveis.

 

NADA substitui o humano.Pode ajudar, facilitar, mas não substitui.

 

Qualquer coisa completamente automática é sempre meia. É sempre menos do que poderia ser se, para além do automatismo, integrasse o homem. De preferência um homem inteligente. Mas mesmo estúpido a coisa seria melhor.

 

Não gosto de generalizações nem de massificações. Não gosto de receber uma carta a dizer Caro(a) Senhor(a).

 

Atenção, não sou contra todos os tipos de automatismos, uso muitos e há-os úteis, muito úteis. Sobretudo quando o seu objectivo é facilitar a vida das pessoas. Se à partida o automatismo servir para substituir as pessoas, é uma merda. Porque não funciona, porque pode induzir as pessoas em erro.

 

Tenho muita pena das pessoas que acreditam nos automatismos puros. Tenho mais pena ainda das pessoas que trabalham em projectos de automatismos puros. Acredito vivamente que estas pessoas têm problemas graves de auto estima, e têm limites grandes na sua inteligência, porque não sabem pensar, e querem pôr as máquinas a fazer o trabalhinho de que não se acham capazes.

 

Automáticos? Não, obrigada.

À atenção da Comissão Nacional de Eleições

Jonasnuts, 22.05.11

Exmos. Senhores,

 

Como portuguesa atenta ao que pensam e sentem os meus concidadão, não posso deixar de constatar que são muitas as pessoas que estão indecisas em relação ao sentido do seu voto nas próximas eleições legislativas de Junho.

 

É, de acordo com o que tenho visto, um número de indecisos muito acima da média.

 

Assim, e de forma a que estes indecisos possam ter tempo e espaço para ponderarem de forma reflectida a orientação do seu voto, venho propor-vos que em vez de um período de reflexão de 24 horas (na véspera do dia das eleições) alarguem este período de reflexão para, pelo menos, uma semana.

 

Só num ambiente de calma e serenidade é que estes indecisos poderão, em consciência, tomar uma decisão tão importante.

 

Agradecem os indecisos e agradecem os decididos. Nem uns nem outros recuperaram ainda da campanha eleitoral das presidenciais e, assim como assim, as campanhas eleitoras servem muito mais para os partidos fazerem barulho do que propriamente para esclarecer as pessoas.

 

Uma decidida agradecida.

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